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Umbanda é declarada patrimônio imaterial do Rio de Janeiro

10 NOV 2016
10 de Novembro de 2016

A tradição carioca de vestir branco no Ano-Novo, pular sete ondas e depositar flores no mar - as tradicionais palmas brancas vendidas nas esquinas de Copacabana na noite de 31 de dezembro - têm origem nas religiões de matriz africana. A umbanda, uma das percursoras desses rituais na mais famosa praia do Rio de Janeiro, foi declarada ontem (8) patrimônio imaterial, por sua contribuição à cidade.

 

 A tradição carioca de vestir branco no Ano-Novo, pular sete ondas e depositar flores no mar - as tradicionais palmas brancas vendidas nas esquinas de Copacabana na noite de 31 de dezembro - têm origem nas religiões de matriz africana.

A tradição carioca de vestir branco no Ano-Novo, pular sete ondas e depositar flores no mar - as tradicionais palmas brancas vendidas nas esquinas de Copacabana na noite de 31 de dezembro - têm origem nas religiões de matriz africana.

Foto: Tania Rego/ Agência Brasil

Após estudos do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), o prefeito Eduardo Paes incluiu a religião na lista de patrimônios imateriais, por meio de decreto, ao lado de 54 bens, como a Bossa Nova, blocos de carnaval e a Procissão de São Sebastião - que é realizada todo início de ano. A ideia agora é cadastrar todos os terreiros de umbanda da cidade e promover políticas públicas de salvaguarda desses espaços.

O presidente do IRPH, Washington Fajardo, destaca a singularidade da umbanda, que se tornou um marco de sincretismo religioso e de organização comunitária nos bairros da cidade do Rio de Janeiro "Esse decreto vem institucionalizar o interesse cultural para que esse trabalho seja aprofundado", disse. "Se não cabe o tombamento material, é um reconhecimento do valor deles como bem imaterial, que permite abrir uma linha de pesquisa nessa área. É um primeiro passo."

O primeiro terreiro cadastrado pela prefeitura é a tenda Espírita Vovó Maria Conga de Aruanda, que funciona desde a década de 1960 em uma antiga casa no Estácio, na zona norte. As paredes cobertas de imagens de santos e orixás exibem fotografias das antigas festas dos praticantes de umbanda em Copacabana no último dia do ano. Com a transformação da réveillon carioca em um megaevento turístico, com shows e fogos de artifício, o ritual acabou inviabilizado e passou a ser feito há poucos anos no dia 2 de fevereiro.

 

"A prefeitura começou a criar muita dificuldade para gente passar com os barcos e presentes à Iemanjá em Copacabana e já tivemos até que entregar na Praia do Flamengo", conta o presidente e zelador da casa, Roberto Brito de Souza. "Aí, decidimos fazer nossa caminhada em 2 de fevereiro mesmo, dia de Iemanjá, que já é comemorado em Salvador", explicou.

 

 A ideia agora é cadastrar todos os terreiros de umbanda da cidade e promover políticas públicas de salvaguarda desses espaços.

A ideia agora é cadastrar todos os terreiros de umbanda da cidade e promover políticas públicas de salvaguarda desses espaços.


Fonte: Terra

Foto: internet


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